Premiê japonês visita Ucrânia ‘de surpresa’ com mensagem enigmática

Fumio Kishida foi recepcionado pela vice-ministra dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia, Emine Dzheppar (Fotos: Reprodução / Twitter Emine Dzheppar)

O primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, chegou à capital ucraniana de Kiev na terça-feira (21) em uma visita surpresa ao país do Leste Europeu para manter conversações com o presidente Volodymyr Zelenskyy. O encontro antecede a cúpula do G-7, a ser realizada em Tóquio no mês de maio.

A visita, que foi mantida em segredo até pouco antes da chegada, ocorre um dia depois de Kishida se encontrar com seu homólogo indiano, Narendra Modi, em Nova Delhi. É raro um líder japonês fazer uma viagem sem aviso prévio a uma nação estrangeira.

Ele visitou a Ucrânia enquanto o presidente chinês, Xi Jinping, que iniciou uma viagem de três dias à Rússia na segunda-feira, se reuniu com seu colega russo, Vladimir Putin. Kishida foi o único líder do G-7 a visitar a Ucrânia após a invasão russa de seu vizinho em fevereiro de 2022. O Japão detém a presidência do G-7 deste ano.

Em fevereiro, o presidente dos EUA, Joe Biden, visitou Kiev. Kishida expressou esperança de que fará uma viagem à Ucrânia nas condições certas. Antes de partir para a Índia no domingo, Kishida disse a repórteres que qualquer plano para visitar Kiev ainda não havia sido feito.

Depois de conversar com Modi na segunda-feira, Kishida entrou na Ucrânia pela Polônia. O governo japonês não anunciou sua viagem a Kiev com antecedência por motivos de segurança, mas posteriormente confirmou a visita planejada após relatos da mídia.

Depois de chegar a Kiev, Kishida visitou Bucha, uma cidade onde muitos civis foram encontrados mortos após a ocupação pelas tropas russas. Em encontro com repórteres, o premiê diz que o Japão “continuará a fazer os maiores esforços para apoiar a Ucrânia a restaurar a paz”.

Espera-se que Kishida e Zelenskyy discutam o apoio japonês à reconstrução da Ucrânia, que está sob ataque da Rússia desde o ano passado. Os dois líderes também devem concordar em trabalhar juntos para manter a ordem internacional baseada no estado de direito, embora compartilhem a visão de que se opõem à tentativa da Rússia de mudar unilateralmente o status quo.

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