Marcos Yamada – E o tênis de mesa deixou de ser pingue-pongue

Assim como em várias modalidades esportivas, o tênis de mesa também evoluiu muito e deixou de ser um passatempo, lazer e divertimento, se tornando profissional e com uma serie de artifícios científicos, físicos, estatísticos e tecnológicos, com o objetivo único de vencer.

Ser campeão, melhorar no ranking mundial, nacional, atualmente significa dinheiro no bolso, daí a simples brincadeira de fundo de quintal, se transformou num meio de vida, com salários variando de R$ 2.000,00 a 250mil reais. Será que vale a pena o esforço, o sacrifício, a dedicação? Abdicar de uma parte da infância feliz, para ficar na mesa, horas e horas, dando raquetadas e rebatendo a bolinha sob a orientação de um técnico/professor/coach/psicólogo/nutricionista/preparador físico/fisioterapeuta/ortopedista/fisiologista?

Agora um novo produto está revolucionando o mercado, VINNR e um software que consegue colocar e tabular, todos os seus pontos fracos, fortes e do adversário, jogadas mais utilizadas por ambos, o que precisa treinar mais, para falhar menos, consequentemente vencer $$$.

A atleta Olímpica, Jessica Yamada que atua na Liga Espanhola foi a precursora no uso e se tornou a madrinha do aplicativo, que vai ajudar os atletas a terem resultados expressivos.

Por isso nos Campeonatos do Circuito Internacional, todos os atletas são filmados pelos oponentes, ou seja, existem táticas pré-montadas para enfrenta-los no cenário mundial, aumentando muito a chance de vence-los, se conseguirem executar com perfeição o planejamento.

Agora o pingue-pongue se tornou tecnologia, estudo, estratégia, uma ciência para que nos detalhes, possam decidir uma vaga no pódio, medalhas, sucesso e retorno financeiro.

Quando imaginaríamos que uma simples diversão se tornaria uma profissão?

No Brasil temos vários mesa-tenistas profissionais que vivem do esporte, alguns como atletas, outros como técnicos, árbitros, organizadores de eventos, empreendedores e coordenadores de clubes/prefeituras.

Os atletas remunerados internacionalmente na atualidade são: Hugo Calderano, Gustavo Tsuboi, Vitor Ishiy, Eric Jouti, Thiago Monteiro, Cazuo Matsumoto, Humberto Manhani, Guilherme Teodoro, Rafael Turrini, Carlos Ishida, Leonardo Iizuka, Bruna Takahashi, Jessica Yamada e Caroline Kumahara.

Nacionalmente são muitos, como treinadores então? Mais ainda e vários empreendedores e prestadores de serviços.

Entre para o mundo do tênis de mesa profissional, no qual ainda estamos gatinhando, mas temos muito ainda para desenvolver, inventar e o mercado ainda está aberto.

Outras modalidades como futebol e voleibol, já estão evoluídas demais, talvez não tendo espaço para usar sua criatividade e seu potencial, para obter um retorno financeiro.

Esporte é saúde, quando pensamos em exercícios físicos, no alto rendimento não é saudável, e sim sofrimento e lesões, que valem a pena !!! Pois fazer o que gosta, não tem preço.

 

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