Em meio à recuperação econômica, com uma alta inesperada de 6% no PIB (Produto Interno Bruto) graças às robustas exportações de automóveis e ao renascimento do turismo receptivo, o Japão prepara-se para receber um fluxo maior de visitantes estrangeiros, o que deve potencializar a economia. Para tanto, o governo planeja até ações para o “turismo excessivo”.
O número de visitantes estrangeiros no Japão continua em uma curva ascendente. Em julho, o país acolheu cerca de 2,32 milhões de pessoas estrangeiras. O número é cerca de 70% do nível pré-pandemia.
Tal volume tem chamado a atenção para da Agência de Turismo do Japão, do Ministério da Economia, Comércio e Indústria e outros órgãos relevantes. Para evitar uma sobrecarga no setor de transporte público e preservação do sossego de moradores próximos a pontos turísticos, os meios de comunicação devem ser fundamentais para informar sobre o nível de congestionamento nos pontos turísticos e a instalação de placas instando os turistas a terem boas maneiras.
Enquanto isso, o varejo olha de forma positiva os números. As vendas duty-free em lojas de departamentos em todo o Japão totalizaram 31,3 bilhões de ienes (R$ 1,65 bilhão) em julho, superando os níveis pré-pandemia de 2019 no mesmo mês.
Foi a primeira vez que as vendas duty-free durante um único mês ultrapassaram esses níveis desde março de 2020, quando o número de visitantes estrangeiros ao Japão despencou. O regresso dos viajantes chineses após o alívio das restrições relacionadas com a COVID-19, juntamente com um iene fraco, levou a fortes compras de marcas de luxo e outros artigos de gama alta, segundo a associação.
Cerca de 320 mil visitantes estrangeiros fizeram compras no país, um aumento de onze vezes em relação ao mesmo mês do ano anterior. Esses visitantes vieram de países como Coreia do Sul e Singapura, além da China continental e Taiwan. O valor médio gasto por compra foi de 97 mil ienes (R$ 3.271).
Nas 10 principais cidades do Japão, incluindo Tóquio e Osaka, as vendas das lojas de departamentos cresceram 11,0% em relação ao ano anterior, marcando o 22º mês consecutivo de crescimento. As vendas em outras cidades também tiveram um aumento, reportando um aumento de 1,6%, o primeiro aumento em três meses.
