Solidário ao povo ucraniano, que sofre com as duras consequências do conflito armado contra os russos, o embaixador do Japão no Brasil, Teiji Hayashi, enviou uma mensagem de apoio neste que é um dos momentos mais difíceis dos últimos anos. Segundo o diplomata, “meu coração sofre ao pensar nas vidas perdidas, nas famílias separadas.”
“A Ucrânia está em guerra. Manifesto sinceramente meu respeito ao povo ucraniano que está lutando pela soberania e independência de sua nação”, ressaltou Hayashi no começo de seu discurso. Vale lembrar que a mensagem – gravada em vídeo – foi disponibilizada publicamente nas redes sociais da Embaixada do Japão no Brasil.
O embaixador também confirmou que o governo japonês está disposto a contribuir para ajudar o país europeu. “O Governo do Japão prometeu mais de US$ 200 milhões em assistência e anunciou que vai acolher refugiados da Ucrânia no Japão. Os cidadãos japoneses também doaram mais de US$ 174.260.000 para o povo da Ucrânia. O Japão continua solidário com a Ucrânia em defesa da liberdade, da paz e das regras internacionais. Espero que esta terrível guerra termine o mais cedo possível”, explicou Teiji Hayashi, finalizando a mensagem com “solidariedade ao povo ucraniano”, em português.
Envio de materiais – Na última terça-feira, o Japão enviou coletes à prova de balas e capacetes de suas Forças de Autodefesa para a Ucrânia, em uma rara entrega de tais equipamentos a um país sob ataque armado. A entrega de suprimentos reflete o maior compromisso do Japão em ajudar a Ucrânia em meio à agressão russa e ocorre depois que o governo revisou suas diretrizes sobre a transferência de equipamentos de defesa para possibilitar a remessa.
Uma aeronave de reabastecimento e transporte aéreo KC-767, transportando os suprimentos, deixou a base Komaki da Força Aérea de Autodefesa no centro do Japão na noite de terça-feira para a Polônia. Outros itens não letais, incluindo barracas, roupas de inverno, alimentos de emergência, produtos de higiene, câmeras e geradores de energia, serão entregues assim que estiverem prontos, segundo o Ministério da Defesa.
“Vamos entregar as mercadorias por aeronaves SDF e por outros meios o mais rápido possível”, disse o secretário-chefe do gabinete, Hirokazu Matsuno, em uma coletiva de imprensa. O Japão não planeja fornecer armas letais, continuou Matsuno, traçando uma linha clara com os Estados Unidos e as nações europeias que estão se movendo para ajudar a Ucrânia a reforçar suas defesas.
Críticas – O principal porta-voz do governo disse que é “criticamente importante” para o Japão e sua segurança nacional estender o apoio à Ucrânia e responder resolutamente com outras nações à agressão russa. Ele disse que o ataque russo “viola a lei internacional” e “abalou a ordem internacional em sua essência”.
O Japão criticou fortemente a invasão da Rússia, dizendo que minou a soberania e a integridade territorial da Ucrânia, já que o ataque entrou em sua segunda semana, apesar de protestos e sanções internacionais. Além de entregar suprimentos de defesa, o governo se comprometeu a receber pessoas que fogem da Ucrânia.