Depois de um hiato de três anos, a Acal (Associação Cultural e Assistencial da Liberdade), voltou a realizar o Toyo Matsuri – Festival Oriental. Em sua 52ª edição, o tradicional festival aconteceu nos dias 3 e 4 de novembro, na Praça da Liberdade-Japão. Apesar do mau tempo, principalmente no sábado, quando choveu praticamente durante todo o dia, os organizadores estimam que cerca de 100 mil pessoas prestigiaram a festa.
No sábado, a chuva começou praticamente junto com a cerimônia de abertura. Tradicionalmente realizada próximo ao torii (portal japonês), a solenidade contou com a presença da vice-cônsul Akiko Kikuchi; do superintendente da Distrital Centro da Associação Comercial de São Paulo, Alexandre Ortiz; dos vereadores Aurélio Nomura e George Hato; do presidente da Associação Pró-Excepcionais Kodomo-no-Sono, Sérgio Oda; do vice-presidente do Bunkyo (Sociedade Brasileira de Cultura Japonesa e de Assistência Social), André Korosue (representando o presidente da entidade, Renato Ishikawa); do vice-presidente da Enkyo (Beneficência Nipo-Brasileira de São Paulo), Jun Suzaki; do diretor de Comunicação da Aliança Cultural Brasil-Japão, Carlos Fujinaga (representando o presidente da instituição, Eduardo Yoshida) e do presidente do jornal Nippon Já, Tadao Ebihara, além de diretores da Acal, entre eles o presidente e o vice, respectivamente, Tetuya Fujimoto e Tamaki Yamamoto, e o filho primogênito do empresário Hirofumi Ikesaki (falecido em maio deste ano), Carlos Ikesaki, acompanhado de sua esposa, Celina.
Após a Cerimônia Xintoísta celebrada pelo reverendo Kazuo Osaka, do Templo Nambei Jingu, as autoridades caminharam até o palco montado na praça. À frente, tocadores da parada taikô e integrantes do grupo Jya Odori, a dança do dragão da província de Nagasaki.
Abertura – Já sob uma forte chuva, a série de discursos foi aberta pelo presidente da Acal, Tetuya Fujimoto. Ele lembrou que o Toyo Matsuri é realizado há 52 anos e tem como objetivo agradecer os visitantes que prestigiam o bairro durante o ano, além de unir energias para iniciar o ano com paz, harmonia e prosperidade.
Falando em nome das entidades presentes, Sergio Oda explicou que o Toyo Matsuri procura reproduzir no Brasil um pouquinho das tradições nipônicas. Já George Hato destacou o empenho dos parlamentares nikkeis em preservar e divulgar a cultura japonesa e anunciou que a concessão do terreno onde está localizada a Acal depende da sanção do prefeito Ricardo Nunes.
Iniciativa dos vereadores Aurélio Nomura, George Hato e Rodrigo Goulart, o projeto de lei que dispõe sobre a concessão de uso de área municipal situada no Distrito da Sé, Subprefeitura da Sé, à Associação Cultural e Assistencial da Liberdade (Acal) autoriza a Prefeitura a ceder, mediante concessão administrativa, o uso da área pública pela Acal por um período de 10 anos “para o fim de promover atividades culturais e assistenciais”. “Se sancionado pelo prefeito, a ação vai beneficiar todo o bairro”, disse George Hato.
Aurélio Nomura lembrou que a 52ª edição do Toyo Matsuri era a primeira realizada sem o comando de Hirofumi Ikesaki, que sempre defendeu os interesses do bairro enquanto a cônsul Akiko Kikuchi destacou a atuação da Acal não só no âmbito cultural como também social.
Por causa do mau tempo, as apresentações que seriam realizadas na pista, foram transferidas para o palco. Os artistas no entanto, cerca de 800 que se revezaram nos dois dias, não desanimaram. Ao contrário, enfrentaram as dificuldades com muita energia.
No domingo, a chuva deu uma trégua e o público compareceu em massa para prestigiar a festa, que este ano teve como novidades os noboris (enfeites) – que ficarão expostos até o dia 25 de janeiro de 2023, e a venda de mini tsurus.
(Aldo Shiguti)