56º Gueinosai recebe grande público em dois dias de evento

Demonstração de Kenko Taisso movimentou a plateia do Festival de Música e Dança Folclórica Japonesa no Bunkyo

Realizado nos dias 24 e 25 deste mês pela Comissão de Música e Dança Folclórica Japonesa do Bunkyo – Sociedade Brasileira de Cultura Japonesa e de Assistência Social – no Grande Auditório da entidade, no bairro da Liberdade, em São Paulo, com o intuito de preservar e divulgar a cultura japonesa e incentivar o intercâmbio de artistas e praticantes de música e dança folclórica japonesa do Brasil e do Japão, o 56º Gueinosai atraiu um público estimado em mais de 3 mil pessoas pelos organizadores.

Com uma programação variada que teve início no sábado e prosseguiu no domingo, o Gueinosai é considerado o mais tradicional e importante Festival de Música e Dança Folclórica Japonesa. Nos dois dias, mais de 30 grupos passaram pelo palco do Bunkyo, entre apresentações de grupos e/ou artistas solos. Nesta edição, destaque para a homenagem em memória da professora Tangue Setsuko (Taneko Hara) que faleceu, no último dia 16 de março, aos 83 anos de idade.

No domingo, a cerimônia de abertura contou com a presença da vice-cônsul do Consulado Geral do Japão em São Paulo, Akiko Kikuchi; do presidente do Conselho Deliberativo do Bunkyo, Jorge Yamashita; do presidente da Fundação Kunito Miyasaka, Roberto Nishio; do presidente da Jetro (Japan External Trade Organization), Hiroshi Hara; do presidente da Assistência Social Dom José Gaspar – Ikoi-no-Sono, Izumu Honda; do presidente da Associação Pró-Execpionais Kodomo-no-Sono, Sergio Oda; do conselheiro da Sociedade Beneficente Casa da Esperança – Kibô-no-Iê, Roberto Takayuki Kato; e André Korosue, que por muitos anos comandou o festival, além do atual presidente da Comissão, Seigo Matsumoto, e da presidente da Comissão Organizadora, Rumi Kusumoto.

56ª edição reuniu cerca de 30 grupos no palco do Grande Auditório do Bunkyo tradição

Japão tradicional – Guilherme Seigo Matsumoto lembrou que  há 56 anos o evento cumpre o propósito de trazer o Japão tradicional, além de “abraçar o aspecto social” – a entrada era franca, mas solicitava-se a contribuição com um quilo de alimento não perecível. Segundo ele, um dos segredos da longevidade do evento é a tríade “missão, propósito e sonho”. “Sementes e ideais que movem o Festival de Música e Dança Folclórica Japonesa e presente nos primeiros imigrantes japoneses”, disse Seigo Matsumoto, explicando que “o segundo segredo são as pessoas”. Pessoas como a professora Tangue Setsuko, homenageada pelos organizadores.

Representando o presidente do Bunkyo, Renato Ishikawa, Jorge Yamashita disse que o Gueinosai é um evento dedicado às “arte de palco” mais tradicional do Brasil e destacou a participação cada vez mais de jovens – e não descendentes de japoneses – no espetáculo.

Já a vice-cônsul Akiko Kikuchi lembrou que a primeira edição do Gueinosai foi realizada em outubro de 1966 reunindo cerca de 4 mil pessoas. “De lá para cá o evento se consolidou como símbolo da comunidade japonesa” e pediu apoio e cooperação para que as artes possam ser transmitidas para as novas gerações.

Apresentação de Buyo Kouta com Ueda Engueki Buyodan

Esperança – Por sua vez, Roberto Nishio afirmou que tem esperanças que o evento terá continuidade ainda por muitos anos por despertar interesse em jovens como o presidente da Comissão, Seigo Matsumoto.

Por fim, Rumi Kusumoto destacou sua alegria ao ver o auditório lotado e lembrou que, não fosse a pandemia, já seriam 58 anos de Gueinosai. Segundo ela, a partir de segunda edição, em 1967, o Festival foi realizado em dois dias, 17 e 18 de junho. “E assim começou para finalizar e fechar a semana da imigração japonesa no Brasil”, disse.

Cerimônia de abertura reuniu autoridades no palco do Bunkyo

(Aldo Shiguti)

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